Na última passada pela construção, não ouvi nada
Dei aquela “ajeitadinha” na saia, diminuí o passo e
nada.
Nem uma marteladinha.
Geralmente ecoaria um “-ê, lá em casa”, do andar de baixo
Um “te jogo na parede e te chamo de massa corrida” lá do terceiro andar.
Hoje não.
“Seis pães e uma Coca?” balbuceou o padeiro lindo.
Era tão lindo, que eu tinha certeza que a profissão dele vinha de família.
Eu comprava sempre naquela padaria.
Não por causa do pão do padeiro...
nem do padeiro pão.
Mas porque era caminho da obra.
A obra que durara 11 meses havia sido concluída, pra minha tristeza.
Não era pra inflar o ego, nem pra levantar a moral, que eu havia passado por ali todos os dias.
Era pela diversão, pela gargalhada garantida até nos meus piores dias.
“Pelo menos a padaria não fechou.”
Mas, ainda assim, prefiro uma tijolada na cabeça rindo,
que um croissant sem sal.
4 comentários:
demais demais
Muito bom. E verdade!
hehehe!Muito bom!
bjo!
Excelente!
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