Em cada porto, recebia algo diferente na partida:
flores, livros, caneta, vinhos...
Tinha aquelas despedidas com bolo caseiro, chocolate e cobertor para a viagem
A bagagem era uma mala de 65kg e uma pequena mochila.
Todos os seus pertences conseguia levar nas costas.
Por isso ficava feliz quando as flores murchavam, terminava o livro,
a tinta da caneta acabava e se embriagava com os porres dos vinhos.
Os sessenta e poucos quilos da mala grande vinha recheado de outros presentes:
tinha sorrisos sortidos, tristezas divididas, paixões avassaladoras,
lágrimas de todos os tipos, abraços, músicas de todos os ritmos,
danças, braços dados, palavras, risos com dentes e sem, gargalhadas,
memórias, ensinamentos, cuidados, cumplicidade
e um vidro com vagalumes com o seguinte bilhete:
"para que jamais fique sozinha na escuridão. "
3 comentários:
Quem tem amigos verdadeiros jamais ficará sozinho na escuridão.
Volta amiga. Vem matar a saudade!
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