terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Estava eu...contra a cultura

Ai, eu queria realizar o caos da tua sintaxe, metamorfosear a tua forma, fazer de ti um gago, subverter a tua língua.

Ai, mas o que hoje consigo é beijá-la.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Estava eu... sendo repreendido!

- Ah, é claro! Me observas como se me conhecesse. Tire esse sorriso de injúria da cara, me deixe sozinho, por favor.
- Tu não queres ficar sozinho... confie em mim.
- Eu sei o que quero...
- Sabe mesmo? Acho que não. Tu não querias a Simone antes? E agora, queres a irmã dela... És um eterno insatisfeito.
- As coisas mudam, assim como eu evoluo.
- Evolui em direção de quê? Esta eternamente voltando ao mesmo ponto, não consegue deixar a adolescência.
- Hey, se veio aqui para me criticar, é melhor me deixar sozinho! Estou avisando..
- Tu que me procuraste, sempre me procuras... ora bolas... Tu só pode estar ficando doido.
- Porque ela nega minha companhia? Será que Adriana não me acha atraente?
- Ou será que é porque a irmã não perdoaria uma traição da mais nova? Acorda, tu não vale tanto a pena assim.
- Tens certeza que gosta de mim?
- Nem tu gostas de ti... está te maltratando com essas paixões de auto-afirmação.
- Sempre foi assim... quando acho que estou por cima, caio um tombo homérico.
- É porque não sabe administrar sua própria vitória. Basta sentir o aconchego de estar numa boa, amado, em boas mãos, que já quer se lançar em algo mais emocionante.
- Tens razão... eu sou um imbecil.
- Não seja duro... apenas realista. Talvez ajude na próxima vez... Ou próximas vezes.
- Quantas vezes terei de errar para aprender?
- Só tu podes decidir isso... decida logo.
- Vou tomar uma ducha... me espere aqui.
- Como se eu pudesse ir à algum lugar.

Eduardo se dirige ao banheiro, com sua toalha e cuecas no ombro. Sua pedra de estimação o espera pacientemente na cômoda, para uma próxima conversa.