Mas que faço agora, meu Deus?
Trabalhava em casa, como ainda faz, e não havia planos para aquele breve período de ócio que o dia lhe oferecia, como que ainda lhe dissesse: "Que reclamas, se te dou algumas horas para não dizeres que gastas mal a vida, e estás parado?"
E ficou parado, sentado sobre a cadeira giratória que lhe auxiliava muito na hora de pegar os papéis e os documentos e o telefone e tudo mais que se encontrava tão longe...tão longe... tão distante de como ele gostaria que fosse.
Não bateu ninguém à porta a perturbá-lo, não ligou televisão ou rádio, não disse nada nem a si mesmo nem a Deus. Ficou quieto, pensando, e não chegando a conclusão alguma, como sempre.
Que fazer agora, meu Deus?
Divagou sobre como venceria aquelas poucas horas, indeciso entre o fútil e o erudito, sempre a acolher-se da eterna incompreensão sobre a finitude e o patético da vida e do universo, e à procura de um abrigo e de um sentido para alguns minutos e segundos.
E ficou parado, sentado sobre a cadeira giratória que lhe auxiliava muito na hora de pegar os papéis e os documentos e o telefone e tudo mais que se encontrava tão longe...tão longe... tão distante de como ele gostaria que fosse.
Não bateu ninguém à porta a perturbá-lo, não ligou televisão ou rádio, não disse nada nem a si mesmo nem a Deus. Ficou quieto, pensando, e não chegando a conclusão alguma, como sempre.
Que fazer agora, meu Deus?
Divagou sobre como venceria aquelas poucas horas, indeciso entre o fútil e o erudito, sempre a acolher-se da eterna incompreensão sobre a finitude e o patético da vida e do universo, e à procura de um abrigo e de um sentido para alguns minutos e segundos.