terça-feira, 29 de maio de 2007

Estava eu... entre minutos e segundos.

Sete, oito horas de trabalho, e ele havia terminado o que tinha para fazer.

Mas que faço agora, meu Deus?

Trabalhava em casa, como ainda faz, e não havia planos para aquele breve período de ócio que o dia lhe oferecia, como que ainda lhe dissesse: "Que reclamas, se te dou algumas horas para não dizeres que gastas mal a vida, e estás parado?"

E ficou parado, sentado sobre a cadeira giratória que lhe auxiliava muito na hora de pegar os papéis e os documentos e o telefone e tudo mais que se encontrava tão longe...tão longe... tão distante de como ele gostaria que fosse.

Não bateu ninguém à porta a perturbá-lo, não ligou televisão ou rádio, não disse nada nem a si mesmo nem a Deus. Ficou quieto, pensando, e não chegando a conclusão alguma, como sempre.

Que fazer agora, meu Deus?

Divagou sobre como venceria aquelas poucas horas, indeciso entre o fútil e o erudito, sempre a acolher-se da eterna incompreensão sobre a finitude e o patético da vida e do universo, e à procura de um abrigo e de um sentido para alguns minutos e segundos.

4 comentários:

Pywa disse...

Que sensação horrível de se estar perdendo algo, sem saber o que é... nossa cara, eu sinto isso direto.

E o pior, depois de perdido o tempo, descobre-se o que faltou.

FODA!!!

P.S.: Verificação de palavras do google.

XBOYFOA = XboX for all

MEDO!

Pywa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Muito afudê.
Eu sinto isso nos finais de semana, quando tu tenta sair da rotina. Mas aí tem trabalho da faculdade e tu nunca consegue sair pro bel prazer. Merda, e vou sempre reclamar de falta de tempo. Que coisa de velho. Ah, esse mês eu fico mais velha mesmo!

Merda, não vou escrever mais nada então...

Anônimo disse...

Não morra, blog!