sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

... sentindo ira!

Gritos e berros de ódio proferidos contra quem se ama.

Situação inimaginável pra quem está de fora e não entende o que se passa por dentro. Por dentro do casamento e por dentro de cada um, dentro dos caminhos e medos individuais.

Se não ser correspondido no amor é uma dor difícil de explicar, projetemos então a dor da traição imaginada? A dor de ser trocado (na imaginação aconteceu) por outra pessoa, que não precisa ter rosto pra ser horrível, nem existir para que o ódio brote.

Como uma tosse de uma doença macabra as palavras não cessam até satisfeito o locutor, lutador de um ringue de um lado, saco de pancadas de outro. Cada palavra penetra na pele e rasga um pouco do carinho que antes cobria a pele de certezas.

E da turbulência pode nascer morte ou engano, fração de amor ou inimizade. Amor inteiro ou pela metade? Prova de amor verdadeiro ou posse suposta, o ciúme permeia o amor como câncer enraizado.


E a cerveja já não é mais quimioterapia.