domingo, 29 de abril de 2007

Estava eu... no ônibus, louca de frio

com os olhos congelando por causa do ventinho que entrava pela fresta emperrada da janela,
e pensando no verão,
no verão de 1999

Ahhh o verão,

Eu acordava todos os dias 7 horas da manhã, corria na praia e ia pra trabalhar. Trabalhava na loja da minha tia, não recebia nada por isso, mas gostava de ter uma ocupação diária durante toda temporada.
À tarde revezava com a minha prima, um dia de praia para cada uma. No meu dia de praia, eu andava uns 8 quilômetros até a casa dos meus amigos para passar a tarde com eles. Chegava cedo pra curtir um banho de piscina, e dava de cara com várias coisas ali: garrafão de vinho (cheio), melancia e às vezes outras frutas. Na casa não tinha geladeira, e a única maneira de manter a comilança resfriada era tocando na piscina.
Quando ia chegando a finaleira da tarde, fazíamos o ritual sagrado: Pegávamos os violões e cada um vestia suas camisas:Léo, a do Pink Floyd; Marcelo(Gardenal), a do Led; André, a do Nirvana; Leandro, a do Grêmio; e eu, alguma das minhas camisetas de rádio. O caminho era sempre o mesmo, a praia; a bebida era sempre diferente, tinha todos tipos de bebidas: vinho tinto, branco, de pêssego, de morango...
Quando rolava grana, entrava pão com banana e Natu Nobilis. E quando chovia rolava o que tinha dentro de casa mesmo. Podia faltar cachaça, mas Raul Seixas e Led Zeppelin estavam sempre na ponta da língua, nos finais de semana os outros guris da turma iam pra lá. Às vezes a minha prima saía do trabalho e ia pra lá também, mas não era "a galera" dela, Ela não entendia o nosso dialeto, não gostava da nossa música e não conseguia assimilar quando eu e o André começávamos a cantar The Verve; mas bebia muito bem, assim como nós! Então comparecia de vez em quando.
Foi naquela época que eu conquistei a minha carteirinha da FUNAI, chegando em casa de madruga, e tendo que trabalhar no outro dia. Nos tratávamos como verdadeiros irmãos.

O verão acabou.

No inverno seguinte o André e o Léo viraram papai, o Marcelo se mudou, e o Leandro começou a trabalhar demais. Às vezes nos encontramos e ainda concordamos em uma coisa:
Aquele foi o melhor verão de nossas vidas!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Estava eu... abrindo a velha caixa de sapatos...

Baú do Manfri
(do tempo púbere em que eu era um poeteiro)


#1 (v. 2000)

E eu procuro entender
Tento, mas é só respeito
A quem deixou que o Destino
Movesse as peças desse jeito.

E honesto a mim sigo tentando
Livrar-me do que foi deixado:
Amor resulta em mil feridos
Nem quem se salva é culpado.

domingo, 22 de abril de 2007

Estava eu... no dia 22 de abril

22/04: Dia da Terra e Descobrimento do Brasil.

Ao primeiro ver, pode-se pensar em duas datas geográficas. Assim que o 'second thought' chega, tu pensas em duas datas políticas, sociais, ecológicas e totalmente-a-ver com a nossa existência. Tem um monte de amigo meu que diz: "Bah, tu sonha demais. Parece a guriazinha do 'vamos salvar o mundo das cáries'. " Pois é, admito que eu vejo luzes no fundo do poço e acredito que é lá que o mundo, o Brasil, a Cachoeirinha, a Paula se encontram. Estar no fundo do poço, por mais claustrofóbico que pareça, é um lugar bom, porque é no escuro que a gente se desespera e procura a solução mais ágil e prática. O problema provoca, faz a gente vencer a inércia mental e a acomodação do corpo. A coisa complica quando se desperta já quando é noite e tarde demais. Aí entra uma coisa que, ultimamente, eu ando matutando e treinando muito: o olhar. Como eu percebo as atitudes das pessoas, as minhas, das instituições, do Poderes, da mídia, da natureza. O olhar frente às atitudes, em tudo que acontece. Ano passado eu assisti a uma conferência da Copesul "Metamorfoses da Cultura Contemporânea" e o filósofo Gianni Vattimo disse assim "o ser não é, ele acontece" e ele exemplificava com a pergunta "o que tu és?" cuja resposta sempre vem "ah, eu sou engenheiro, estudante, dona-de-casa, atleta...". Enfim, nós somos o que fazemos, indo além do estático "ser". Outra coisa que eu sempre relaciono é com a expressão "atores sociais" que a gente ouve muito falar, que nada mais são as faces, os papéis que desempenhamos na sociedade. A Ana Paula que toma cerveja com os amigos na sexta-feira é diferente daquela que é presidente do Clube Literário, por exemplo.
Mas o que tudo isso tem a ver com o 22 de abril? Muita coisa. No hoje que vivemos, o olhar deve ser desconfiado, crítico, questionador. E claro, seguido de uma prática diária de cidadania. Não tô falando de coisas exorbitantes, algo como largar tudo e todos, mas de uma prática consciente e constante. Isso me lembra o meu pai contando de como era o centro de Porto Alegre nos anos setenta, da poesia daquele lugar, dos cheiros agradáveis, dos prédios históricos... Hoje, o que eu vejo? Um centro cinza, cheiros insuportáveis, pessoas apressadas... Eu nunca vou ver o centro do jeito que meu pai viu. Sabe por quê? Por causa de um crescimento desordenado, não-consciente... O que eu planto hoje, eu colho amanhã. Ou não, pode levar anos ainda e eu nem ver, mas os Cecatinhos vão.
Finalizando o pano da manga, o olhar atento seguido da práxis cotidiana, é o maior desafio da nossa geração. Isso não é fácil. Tem que ler muito, aventurar-se, errar e voltar, até mudar o foco das nossas lentes. E isso é a questão política, ideológica, social, ecológica que esta data nos apresenta. Isso é ser, ou melhor, acontecer.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Estava eu... continuando uma história (Parte 2)

Eu não podia acreditar. Eu estava ouvindo seres inteligentes, pensantes e contestadores dizerem que “escreviam para si mesmo”. Ergui-me da cadeira, já ébrio e com pouca razão, porém muito certo do que diria:

- Certo, engavetemos então todos nossos sentimentos, como raiva, paixão, ódio, amor, e o que mais nosso coração conseguir sentir antes da ruptura. Engavetemos também junto o nosso direito de expressão, o nosso poder de transformar o subjetivo em concreto. Evitemos mostrar a nossa genialidade e nosso emprenho em vencer a asfixia de uma vida dura e corrida. Entretanto, não esquecemos que ao fazer isso, estaremos por suprimir a possibilidade de um dia servirmos de exemplo a alguém que pensou em fazer o mesmo. Excluiremos do futuro de todos os que viriam e ler as nossas entranhas a possibilidade da identificação de um traço comum, a identificação de uma veia artística, poética que o leve a compreender o porque de seus devaneios, o porque do próprio questionamento “porque” de seus pensamentos. Ao pioneirismo cabe o direito de derrota, mas não da desistência. Nada é de graça nesta maldita vida, e creio que para a evolução de cada cabeça aberta aqui nesta hora, é necessário o julgamento do público. Escrever a si mesmo é masturbar-se. Trazer a público, entretanto, não é sexo explícito, é relacionamento.

Tendo achado suficiente a minha pressão por uma concordância positiva, tentei novamente sentar à cadeira. Injustamente, ela não sustentou o meu corpo mole e sem controle direcional, jogando-me miseravelmente no chão. O meu copo caiu, e levou consigo o que restava de minha cerveja e dignidade.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Estava eu... continuando uma história (Parte1)

Adianto ao leitor que não houve uma resposta unânime. Está certo que a primeira reação foi a de entusiasmo, seguindo embalo das amenidades contadas em alta voz e do bom humor que pairava após uma hora e meia de bom papo. Porém, passados alguns segundos, diminuída a excitação da idéia acatada sem reflexão, uma das meninas ponderou: "Eu acho que não rola... São coisas muito pessoais. Não acho que eu queira colocar meu coração exposto assim em uma prateleira. Pra que olhem, folheiem, julguem, guardem no pensamento ou esqueçam! Não..."
Outro concordou: "Pois é: uma coisa é escrevermos e dividirmos nossas linhas entre nós mesmos, sendo autores e atores de muito do que versamos e proseamos. Outra coisa é esperar que os que nem nos conhecem possam sentir aquilo que tentamos passar. Escrevo pra mim mesmo!"
Outros "conjuntores aditivos" também deram seu parecer: "E lançar livro é difícil à beça..."

Estava eu...começando uma história

Um grupo de amigos.
Ao todo, não sabiam quantos eram. Conheceram-se por acaso, num dia que não chovia nem fazia sol, muito menos caía neve ou estava nublado. Nesta história, até o tempo climático é atemporal. Era gente muito ocupada e, para aniqüilar a saudade, trocavam cartas diariamente. Alguns atualizavam a turma a respeito das últimas notícias, outros lançavam brincadeiras pra alegrar a rotina, e, até os mais atarefados deixavam seus monossilábicos, aliviando o coração dos outros amigos. Se tinha alguém que não respondia nunca, vinha uma cartinha recheada de carinho e bem-querer perguntando "oi, tudo bom? como tu tá?".
Viam-se aos finais de semana, quando a rotina dava um descanso. Encontros regados a palavras, cervejas, abraços, pastéis, xis-coração, sorrisos, refris, caipirinhas e alegria. Um findi desses estavam num barzinho, alguém teve uma idéia: "Porque a gente não faz um livro de tudo o que a gente escreve?"

(DESAFIO: continue a história...)

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Estava Eu... no dia 13, uma sexta.

- Tá, amor, agora a orelha.
- Peraí que vou lavar a faca.
- Tá.
- Pronto. Começo pelo lóbulo ou pela hélice?
- Hélice?
- É. Essa parte de cima...
- Hum. Tanto faz!
- Tá. Lóbulo esquerdo.
- Aiiii. Dói!.
- Óbvio, é carne. Até agora tu não tava te queixando...
- Ai, eu achava que na orelha ia ser mais tranqüilo.
- Mas olha como a faca desliza fácil... Pronto. Vou deixar a hélice pra depois. Que tal o nariz?
- Ok. Bah, quando fiz em ti, na hora do nariz, foi a pior parte...
- É, eu tava gripado. Falando em gripe, tu viu que no jornal diz que vem uma frente fria por aí?
- Capaz?
- Aham.
- Merda... Mas pelo menos dá pra curtir um cobertorzinho, né?
- Uhum... Eu e meu amorzinho... Minha fofura... Meu pudim de côco...
- Hum... Que mais?
- Meu coração, Não sei porque, Bate feliz, Quando te vê...
- Le canzoni basta coglierle, Ce n'è una anche per te. Me dá um beijo!
- Tá. Deixa eu cortar esse essa parte pendurada...
- Ah, respingou no sofá.
- Foi mal...
- Acho melhor a gente arrumar essa sujeirada toda e continuar amanhã.
- Vou pegar uma sacola. Olha que tanto!
- Aham.

Limparam a casa e foram ao cinema.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Estava eu... entre brumas de inconciência.

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Flutuava num limbo de insolidez.
Poderia ser eu uma identidade mínima, que tivesse um pouco ainda de mim, mas de forma ínfima? Um símboo que me representasse, um stigma, uma marca apenas? Uma tatuagem?

Poderia eu ainda, perder tudo de mais supérfluo e ser eu num risco de grafite no papel?

Acordei enredado em sonhos e cobertas. Toquei o chão com os pés nús, uma extremidade mórbida de mim.

Poderia eu ser mínimo, ínfimo, e ainda ter de cortar as unhas?


Foto by Arlise. texto by Nuñez. Foot by Gaby.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

24 horas

acordo.
novo ânimo.
bom dia, sol
dentes escovados
leveza
café tomado
rotina...
compromissos.
resoluções._
...
pensamentos
_
...
por quê assim?
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1-2-3-4-5-6-7-8-9-10-10-9-8-7-6-5-4-3-2-1
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não, hoje não.
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hojE nAdA IRá eSTRaGAR MEU DIA!
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BATIMENTOS; ANGÚSTIA.
CONSCIÊNCIA...
PRESSÃO.
respiro
ERRO, ÂNSIA!
INCONSCIÊNCIA!
DÚVIDAOBRIGAÇÃOCULPAMEDOMERDA!!!INCONFORMISMOPESOSUF
OCAMENTOINCOMPREENSÃONÃOQUERONÃOGOSTONÃOAC
EITOORAVÁSEFODERÓDIOVINGANÇABLASFÊMIA!!!!!!!!!!!!!!!!!


!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

!!!!!!!

!!...

...

.

?


por quê?
...
?
.
banho
amanhã é outro dia
"sempre em frente"
boa noite
durmo
.
.
.


; ; ;

terça-feira, 10 de abril de 2007

Estava eu... fora de sintonia!


Foi só botar o pé na rua, e uma chuva fina começou a cair nas minhas costas. Voltar pra pegar guarda chuva? Que nada. Choveu mais forte.
Na parada de ônibus eu fico à olhar horizontes. Pessoas vêm, pessoas vão, e eu continuava ali.
O dia começou mal.

Perdi o horário do almoço. Um sanduíche tentou me consolar, mas às 3 horas o meu estômago me lembrou de sua existência novamente.

Saí da empresa muito atrasado. O ônibus não me esperou. Denovo.

Enquanto meu celular tocava, o dia todo, eu fiquei fora da área de cobertura.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Estava eu...pecando palavras

Matei
cheguei pro final

Roubei
lá não tinha nada

Caluniei
e foi calada

Quando pequei
já era tarde
e nem noite era.


( ao papo que tá rolando aí...)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Estava Eu... apressado.

Tenho exatamente 41 minutos pra escrever algo. É, tempo é dinheiro, já diria aquele. Se eu não errar na ortografia das palavras já está bom. Pedir para que não haja nenhum erro de concordância será demais, eu sei, mas esse pecado eu já cometo com tempo disponível, então azar... Aliás, ser o único que não escreve textos com potencial literário até agora por aqui me deixa meio na reserva. Mas vamos lá!

Interessante que tô falando com o Nuñes no msn intercaladamente ao escrivinhamento daqui. O tema, na verdade uma premiere para um futuro debate, é religião e fé. Esse assunto é muito interessante. Lembro bem de uma vez "num sítio por aí" em que algumas pessoas passaram a noite toda (enquanto a maioria já dormia) trovando sobre Deus, religiões, pecados e justiça. Foi muito legal. Falando nisso, amanhã é Sexta-Feira Santa. E aí...

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Rodrigo e Baleia. Classe média alta. Dois legítimos filhos-da-puta, no sentido "filho-da-puta" da expressão e não no de definir o ganha-pão das mães deles... Futilidade na cabeça, correntes no pescoço, rap em som alto, milhares de reais na roda do carro, e a vontade de fazer "uma boa ação" na semana da Páscoa: doar alimentos aos mais necessitados. Mas não a qualquer um e não qualquer alimento. Tinha que ser uma família bem pobre, de favela, e muito católica. E o alimento a ser doado tinha que ser carne vermelha, alcatra, perto de vencer a validade. E o dia da entrega deveria ser a sexta-feira da Paixão. De manhã. Filhos-da-puta eles...

As famílias acabavam comendo a alcatra no sábado. Mas passar pela sexta-feira era ainda mais cruel que o normal.
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Joice e Téo. Classe média. Vegetarianos, mas do chatos metidos a intelectuais. Ateus e críticos a toda opinião em contrário. Não comiam nenhum pedaço de carne. Nenhum derivado de um boi, ou de um porquinho, nem um mísero ovo de uma galiha ou de um pato. Nada. Nem em dias de festas. Nenhum dia. Nenhum, a não ser na Sexta-Feira Santa. E ainda convidavam amigos não religiosos pra churrascada. E o som alto com Bruno & Marrone tocando era o modo de comunicar à rua inteira que ali se fazia um verdadeiro, legítimo e popular churrasco. Pessoal, acreditem, a Joice chegava a se babar de satisfação atracada naquela costela de porco.

Mas só na sexta, pois eles são vegetarianos convictos...
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Acabei não falando do "grande sacrifício" que é comer uma pratada de peixe no lugar de carne vermelha. Pronto acabei falando perto da linha de chegada.

Feliz Páscoa a todos!
Valeu, peixe! (999 gols)
Valeu, Inter! (98 anos)

18:14. Vou publicar essa joça e ir pro banho.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Estava eu... em parceria com a Arlise.

Foto by Arlise. Texto by Nuñez.


Uma cela lacrada de 1,5X1,5m, um enorme espelho lhe encara em uma das paredes. Será para tornar o ambiente maior e diminuir o sentimento de aprisionamento? Ou será para diminuir a solidão de se estar sozinho em tamanha caixa de ferro? Não sabe.


O cara no espelho lhe olha como um desconhecido. Na verdade, não tão desconhecido, mas um amigo abandonado. Sem saber o porque das olheiras, o porque do cabelo raspado. O que lhe parece um homem que não sorri ao se deparar com alguém em recanto tão solitário? Não demonstra a mínima solidariedade para com um semelhante em mesma situação. Acha desnecessário contorcer os músculos da cara para confortar e dar abertura ao diálogo. Estampa logo na cara um "não me perturbe hoje" e vira-se para a porta.

O cara no espelho, no entanto, não se vira. Olha as costas daquele homem que ele um dia pensou em ser um exemplo de sucesso. Achou que se fosse assim, a natureza se encarregaria de lhe fazer feliz. Entretanto, o dinheiro lhe sorri nos bolsos, o que ele não compreende em seu coração. Não pode ser feliz, pois abandonou a esperança para ser rico, abandonou a amizade em nome do sucesso e abandonou o amor pois não tinha tempo de ser feliz.

A porta se abre a tempo do homem do espelho sair correndo e corrigir tudo.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Estava eu...estreando

Estava eu gerundiando em busca de algo pra escrever e estrear minha participação neste blog. A vontade adolescente, a expectativa pela primeira mijada da manhã, o êxtase preliminar... Preciso marcar o território.
Pensei em vomitar textos hoje. Vomitar, por mais tosco que seja, pode ser saudável. Mas seria falso demais pra quem apaga-reescreve-muda constantemente se declarar uma vomitadora de linhas. Vamos ao trabalho árduo com a palavra e a idéia, sintagma e paradigma, forma e conteúdo, ai - a cabeça dói, as luzes do Msn piscam e os olhos estão se fechando...
Faltou luz. Chega por hoje, Ana.