terça-feira, 27 de novembro de 2007

estava eu... dando três de uma só vez

Teu All Star não combina comigo,
Meu sonho de estrada combina contigo,
Meu lenço de seda ao lado da sua manta suada combina
Minha mão à sua não estará na moda na próxima estação
Sua musica já combinou com a minha,
mas a minha boca ainda combina com a tua

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E a vida virou um jogo de xadrez
Sou as pretas. Começo o jogo
Não me agrada mais o rei
da rainha, eu devolvo a coroa

Seguindo meu coração,
meu cavalo anda em "(L)"

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É feliz, aos olhos dos leigos
Será feliz, aos olhos dos espertos

A moçoila dos sapatos coloridos
àquela, que a felicidade morbida tomou conta,

Chorou distante
aos olhos de todos

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Estava eu...procurando a poesia (pro Daniel)

Tem momentos na vida da gente que são poesia. É poesia que emociona, leva lágrimas aos olhos, faz cantar a alma. Era essa poesia que eu buscava para escrever neste espaço enquanto estava na loja da minha mãe, quando um menino mirradinho chega na porta.
- Tia, quer comprar alho?
- Não, querido, não tô precisando.
- Mas tia...eu não vendi nada hoje... pra me ajudar - diz ele, com os olhos marejados.
Um lampejo me traz pros meus alunos com todos os sonhos do mundo e imediatamente quis pescar o brilho dos seus olhos.
- Eu tenho algumas moedas aqui... Qual teu nome?
- Daniel.
- Eu me chamo Ana. Tu estuda, Daniel?
- Aham. No CAIC da Fátima.
- E que série tu tá?
- Na segunda. E tô com oito, né...
Eu alcanço as moedinhas na mão pequena do Daniel e escuto:
- Muito obrigada, Ana.
- Prazer te conhecer, Daniel.
- Tchau.
-Tchau, tudo de bom.
Ele se vai correndo, eu volto pro computador e correm lágrimas ao me lembrar dos olhos do Daniel. Eu deveria ter falado mais, feito mais, mas.... No fim da nossa conversa, ele deu um sorriso. Ou melhor, uma poesia. A poesia dum verso que diz "ser gente é movimentar sonhos de criança."

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Estava eu... tendo um (des)encontro

Eu me senti tão sozinho
No entremeio das minhas manias
Como se não dormisse ao teu lado
No meio dos últimos dias

Dias pra mim viraram noites
Ao contrário viraram teus dias
Quando acordo não sinto teu corpo
Quando dorme já não me aprecia

E assim nos feriados ou dias
Nas folgas eu te reencontro
Confesso, com alegria
Sem ti eu pareço um tonto

Com o telefone tapando
Como se faz com a peneira
Te ligo em dias de sol
Me ligas quando é lua cheia

Reparo em dias normais
Assim me sinto insano
Temo encontrar-te e jamais
Poder dizer que te amo

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Estava eu... curtindo um pé.

Tu preferiste assim: agora não te tenho entre meus braços.
Nem tampouco teus abraços, redentores de toda a futilidade mundana.
Dizer que aceito sua decisão seria desautorizar meu coração.
Mas te compreendo...
Sádicos sutis são os poetas, que transformam em arte e algum trocado a perda de um amor.
Trazem charme a uma falta que fora dos livros é seca e sufocante.
E agora me privas de teu cheiro todas as manhãs...
Mas lhe entendo.

Ou procuro entender.

Que falta!

Pois, meu eterno amor, quando vieres buscar as tuas coisas, não pronuncies palavra alguma, pois posso não suportar da saudade que sinto de teus lábios nos meus.

Pegue tudo: o que é teu; algo do que era nosso.

Mas, baby: aquelas fotos íntimas do fim de semana em Canasvieiras, tiradas com a nossa TekPix 35 prestações, eu não devolvo nem fodendo!