.Uma cela lacrada de 1,5X1,5m, um enorme espelho lhe encara em uma das paredes. Será para tornar o ambiente maior e diminuir o sentimento de aprisionamento? Ou será para diminuir a solidão de se estar sozinho em tamanha caixa de ferro? Não sabe.
O cara no espelho lhe olha como um desconhecido. Na verdade, não tão desconhecido, mas um amigo abandonado. Sem saber o porque das olheiras, o porque do cabelo raspado. O que lhe parece um homem que não sorri ao se deparar com alguém em recanto tão solitário? Não demonstra a mínima solidariedade para com um semelhante em mesma situação. Acha desnecessário contorcer os músculos da cara para confortar e dar abertura ao diálogo. Estampa logo na cara um "não me perturbe hoje" e vira-se para a porta.
O cara no espelho, no entanto, não se vira. Olha as costas daquele homem que ele um dia pensou em ser um exemplo de sucesso. Achou que se fosse assim, a natureza se encarregaria de lhe fazer feliz. Entretanto, o dinheiro lhe sorri nos bolsos, o que ele não compreende em seu coração. Não pode ser feliz, pois abandonou a esperança para ser rico, abandonou a amizade em nome do sucesso e abandonou o amor pois não tinha tempo de ser feliz.
A porta se abre a tempo do homem do espelho sair correndo e corrigir tudo.
6 comentários:
Alguém precisa vomitar nesse blog, diria eu à Ana, e eu ia falar mal do "sacrifício" de se empanturrar com peixe na Sexta-Feira Santa. Mas fazer baixar na tela os dois últimos textos seriam um pecado maior do que comer carne vermelha na Paixão.
Show de bola!
Idem à foto da Arlise!
\o/
Estou louco pra ver o que tu tem a dizer sobre a "paixão". Manda ae!!
Que parceria, hein!
E Diego, vamos para o "sacrifício", como diria o Annonymous Gourmet!
BJsssssssss
Amanhã, é dia da "Paixão": sairei com a FDP.
(E farei sacrifícios..)
Bom feriadão ae.
Quem é fã de algum, ou de algum grupo, vai entender o quero dizer:
Sabe aquela parceria inusitada? Como se dois músicos cujo trabalho você gosta muito, mas que aparentemente não tem nada em comum, resolvesse fazer juntos uma canção.
É como se Vangelis e Steve Howe, ambos com sua sensibilidade, tocassem uma mesma canção.
Como se Fernando Sabino e Luis F. Veríssimo, “brincassem” de escrever algo.
Claro que neste caso, temos (?) que guardar as devidas proporções, mas não posso deixar de sorrir surpreso (bom ver que meu sorriso ainda sabe dançar outra musica que não a do sarcasmo...) por este encontro.
Explico: Já disse para várias pessoas – inclusive, para a própria – que tenho sincera admiração pelo “olhar estético” que tem esta menina, nem mais tão menina, a Arlise.
Não se trata exatamente do que ela fotografa, mas o que ela vê neste momento, e que de alguma forma, consegue impregnar na foto.
E o ilustre Sr. Piwa, cujo aspecto escrivinhador, recentemente descobri, de certa forma, me “surpreende” mais.
Explico 2, a missão: Não lido muito bem com a coisa de o tempo passar. E não raro, chego a ser inconveniente ao falar com pessoas que conheci quando eram literalmente moleques, e que para minha surpresa, cresceram!
Neste caso específico, é ainda mais estranho, porque vejo em algumas palavras deste “cara”, quem de forma alguma é um moleque, linhas que (e não exalto isto por vaidade, e sim porque ME conheço ha muito tempo) poderiam ter sido escritas por mim.
Em alguns casos, ele o faz até melhor.
Esqueçam a educação e a gentileza, e sobretudo, os galanteios vazios, porque são roupas que não costumo usar: Realmente me encanto com o trabalho, juntos, ou em separado, destes dois (porque não?) artistas.
Parafraseando uma amiga, “a arte existe, porque a vida não basta”.
Acompanharei de perto, e sei que será um tempo muito bem gasto.
Luz e força para todos!
Putz, tão ficando profi já hein!
Ficarei nos comentários!
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