quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Estava Eu... voando.

Era uma vez um passarinho que se recusava a aprender a voar.
Se era medo dos predadores, do desconhecido ou aversão ao que havia aprendido da vida das aves por observação não se tem muita certeza.
Dizer, por sua vez, de que se tratava apenas de apego exagerado ao quentinho do ninho seria explicação preguiçosa de quem nunca quis saber.

Tanto faz: não quis aprender; não aprendeu. E disso resultaram asas atrofiadas que ao passarinho não causavam mais do que raras tardes de tristeza conformada. Amparava-se, pois, na altura do ninho em relação ao chão, o que possibilitaria com apenas um passo a frente a liberdade de qualquer tormento mais duradouro.

Só que lá pelas tantas o passarinho conheceu uma fêmea que o transformou. Um lindo pássaro. Um pássaro verde. Enamoraram-se. E a fêmea revolucionou seu modo de enxergar a vida. Agora ele queria ser como qualquer pássaro: cantar; buscar comida; construir um ninho só para os dois. Enfim, viver, voar... Mas já não era mais possível. Agora era tarde demais. Como voltar no tempo e aceitar os antigos desafios recusados? Pensava e repens

TUMMMM!

A pedra arremessada acertou em cheio o passarinho, que despencou morto no chão junto com ninho, metáforas e eufemismos enfadonhos, para satisfação do homem com estilingue na mão esquerda, já que ele não tinha nada que ver com os problemas de um passarinho.

3 comentários:

Arlise disse...

Ai... desculpa, mas eu ri...
tadinho do passarinho.
Escrever bonito eu acho legal, mas matar bicho...uhauahuah
Mesmo assim, continuo dizendo que tu é gênio... do mal, mas é gênio.
bj

Anônimo disse...

heuehue
Deixando claro que é só um teXtículo.

O autor não faz apologia alguma a violência contra animais (nem mesmo contra os que costumamos comer todos os dias no almoço ou no Mc).

PS: Nenhum animal foi ferido durante as filmagens..rs

Ana Paula Cecato disse...

huahauaua

genius