domingo, 19 de agosto de 2012

...perguntando quem se importa.

Ser um adulto é basicamente fácil. Tentar não morrer antes dos 21 anos é uma tarefa pouco desafiadora.

Tornar-se adulto, isso sim, poucos o fazem antes dos 40 anos. E eu percebi isso através da bebida. Até então, beber era só encher a cara e esquecer o depois. Entornar o caldo era permitido, e se vomitar ou molhar as calças era parte do processo. No outro dia, se eu não lembro é porque não aconteceu! 

Hoje, mesmo depois de várias cervejas, a realidade está sempre ali à espreita. É só desviar o olhar e perceber que ela está bem perto, me controlando sem que eu perceba. Nunca mais consegui beber tranqüilo! 

Afastar a realidade depois dos 30 já não é simples. Porque afastá-la? Sento à sua companhia e sirvo um belo copo suado de cerveja. Me abrirei com a realidade todo fim de semana de folga.

2 comentários:

Diego GF disse...

Analisando desta forma (e "botecofilosofando" um pouco....rs), a bebida não é, nestes casos, nestas condições, necessariamente, um escapismo, e sim a escolha por enfrentar a realidade (ou mesmo compreendê-la) de outra forma.

Sem medo, sem ansiedade, com outro "eu" olhando por si.

(O conceito "bobagem" tem ainda mais chances de ser empregado em relação ao meu "pensar" acima pq sou abstêmio.
Sério.


Sério mesmo.



Juro.)

Pywa disse...

Nem ri... muito.
juro