segunda-feira, 2 de maio de 2011

...despedida


Jurou que só falaria "aquilo" outra vez
quando realmente não amasse mais "aquele".
Por tempos camuflou sofrimento com sarcasmo,
repelindo qualquer um que se aproximasse.
Havia se tornado uma imensa pedra de gelo
que, naquela noite...
estava sendo diluída em um copo de whisky.
Não se sentia feliz assim,
por tantas horas seguidas há muitos anos.
Aliás, nunca havia sentido tal “coisa”.
Até hoje não sabe se foi o assunto,
o forró dançado ao som de rock,
aquele par de olhos cheio de cílios,
aquela boca cheia de dentes,
ou apenas umas doses a mais de whisky.
Só se sabe que ela queria ficar mais tempo ali.
O sol anunciava a provável despedida
da recíproca euforia.
E como se fosse o último dia da sua vida,
desrespeitou todas as suas regras
e não soltou daquela mão.
E de repente, lá estava,
acordando enrolada em pernas,
chamando-o de meu amor.
E feliz, porque não quebrara juramento algum.

5 comentários:

PAULO TAMBURRO. disse...
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PAULO TAMBURRO. disse...
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Pywa disse...

Como eu falei antes: Visceral. Obrigado pela confiança.

Arlise disse...

Bah, Rafa.
Meu forte não é escrever. Não consigo postar sem ouvir um OK.
:D
Obrigada pela ajuda!

Diego GF disse...

Muito bom! :)
(Teu forte é - também - escrever!)

bjo!