terça-feira, 12 de abril de 2011

...alimentando vagalumes


Em cada porto, recebia algo diferente na partida:
flores, livros, caneta, vinhos...

Tinha aquelas despedidas com bolo caseiro, chocolate e cobertor para a viagem

A bagagem era uma mala de 65kg e uma pequena mochila.
Todos os seus pertences conseguia levar nas costas.

Por isso ficava feliz quando as flores murchavam, terminava o livro,
a tinta da caneta acabava e se embriagava com os porres dos vinhos.

Os sessenta e poucos quilos da mala grande vinha recheado de outros presentes:

tinha sorrisos sortidos, tristezas divididas, paixões avassaladoras,
lágrimas de todos os tipos, abraços, músicas de todos os ritmos,
danças, braços dados, palavras, risos com dentes e sem, gargalhadas,
memórias, ensinamentos, cuidados, cumplicidade
e um vidro com vagalumes com o seguinte bilhete:

"para que jamais fique sozinha na escuridão. "


3 comentários:

Neto do seu Hugo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Neto do seu Hugo disse...

Quem tem amigos verdadeiros jamais ficará sozinho na escuridão.

Pywa disse...

Volta amiga. Vem matar a saudade!