terça-feira, 4 de setembro de 2007

Estava eu e o Epicuro trocando uma idéia...

Carpe diem.
O epicurismo de quatro séculos antes de Cristo me legou esta pérola: aproveite o dia, Seize the day, Carpe diem. Não penso que alguma coisa possa ser mais sábia do que isso - viver o instante-agora, de alma e corpo integralmente (o grego Epicuro de Samos não fazia esta distinção; alma e corpo eram uma coisa só).
Essa frase me vem em determinados momentos à mente. Vezes que não vivi totalmente alguma situação ou segundo de vida. Eu fecho a cara, fico puta e exclamo: ma che merrrrda! Vezes que fico sabendo da vida interrrompida de alguém, como o amigo que festeava comigo numa sexta e que fui velar numa segunda-feira. Vezes que alguém não consegue se desvencilhar de seus medos, de seus intrínsecos e absolutos achismos e acaba por deixar de dizer e fazer muita coisa.
Cada um de nós tem, no máximo dos máximos, 120 anos nesta Terra. Um sexto disso já me passou e u digo: tá valendo a pena. Cada dia me pauto diferente, me ressignifico, abro a janela e jogo uma prece boa ao céu. Não vivo cada dia como se fosse o meu último, vivo-o como parte fundamental na construção de um sentido global intitulado VIDA. Não vou deixar o melhor pro fim, vou massageá-lo com os dentes afiados.
LIBERDADE,AMIZADE E TEMPO PRA MEDITAR; já dizia o filósofo Epicuro.

4 comentários:

Arlise disse...

Dos três itens citados, me falta tempo pra meditar.

Fico apavorada com a força das palavras.
Adoro o que tu escreve, mas essas me tocaram profundamente e tu sabe o porquê.

Beijão!!!!

Parabéns

Anônimo disse...

Procuro ter sempre em mente esse lema tb. Mas não todo dia: às vezes esqueço e me perco.

Aí entra outra idéia, que de certa forma é irmã da frase de Epicuro: "recomeçar sempre".

"O mundo começa agora"

Parabéns pelo texto!
Bjão, amiga Paula!

Anônimo disse...

Não é "propaganda", é apenas pq lembrei do texto.

Escrevi uma vez ("malemal") sobre esse tema mas com um enfoque um pouco diferente, talvez. Mas isso nada importa.

O que acho interessante é que escrevi aquilo em outra época (1 ano e meio é bastante tempo) e, juntando com a releitura dos comentários vejo que aquilo ainda faz sentido pra mim, embora traga um pouco de melancolia ao eu constatar que não segui à risca o que tinha desejado.

Nem sei se penso exatamente como eu pensava, mas a importância dos amigos (vocês!), essa continua a mesma, no meio desse barco perdido num mar desconhecido que é a vida.

Pra quem não tinha lido
http://fotolog.terra.com.br/dgf:10

Pywa disse...

Mais de uma vez eu li "Carpe Diem" escrito em algum lugar, e é claro que fui atrás do ignificado. Quem tem Google vai a roma, não é mesmo?

O lado negro do Rafael (talvez do Pywa ou do Nuñez, não sei) tem um medo apavorante desta frase. Quase tão louca quanto o medo que Raoul Duke tinha de dar carona e de pessoas desconhecidas.

Não importa a frase ou o autor. O que me vale é estar entre amigos tão diversos que me trazem à cultura todo dia. Que me trazem o desafio e os medos, me jogando na cara que a minha casca pode ter a parede fina.

Parabéns pelo entusiasmo e pela idéia reta.